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domingo, 15 de fevereiro de 2009

O desenho do Império futuro

Em Abril de 1503 partiu de Lisboa mais uma armada com destino à Índia, onde seguia Afonso de Albuquerque, que terá adquirido conhecimentos sobre a realidade indiana que bastante úteis lhe seriam mais tarde.

O objectivo era ajudar o rei de Cochim que havia estabelecido já relações de amizade com Portugal e que sofria ataques constantes do Samorim de Calecute. Uma vez cumprida essa missão Afonso de Albuquerque regressou a Portugal deixando Duarte Pacheco, a cumprir outro dos objectivos da coroa portuguesa, a presença assídua nos mares da Índia. O rei pretendia não ir lá, mas estar em permanência, daí a razão de permanecerem por lá embarcações de menor porte, mas que se podiam encarregar de missões de vigilância costeira.

A ideia clara era a da fundação dum Império que se estendia por Sofala e Ormuz, na parte ocidental, apenas cinco anos após os primeiros contactos com a terra indiana recém-descoberta.

Para já o reino de Calecute fora castigado, Portugal metia respeito, havia uma fortaleza em Cochim e o comércio fazia-se com naus que voltavam carregadas com pimenta e outras mercadorias e além disso as embarcações mouras capturadas ofereciam excelente saque em ouro.

Neste mesmo ano, a Coroa portuguesa, firmou contrato com um grupo de comerciantes que financiou a realização duma expedição ao litoral brasileiro, comandada por Gonçalo Coelho

Pouco se sabia em Portugal da cartografia da costa norte brasileira e surgira assim a necessidade de ser despachada para a nova terra uma expedição exploradora que reconhecesse principalmente a parte situada aquém da linha divisória de Tordesilhas, por isso pertencente à coroa portuguesa.

Os comerciantes que financiaram a expedição, dentre eles Fernão de Noronha, conseguiram arrendar as terras brasileiras por um período de três anos para exploração do pau-brasil.

Em troca, os arrendatários se comprometiam a construir feitorias e pagar, à Coroa, parte do lucro obtido.

Fernão de Noronha, foi um judeu português convertido ao catolicismo. era o representante do banqueiro Jakob Fugger na Península Ibérica

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O nascimento do príncipe herdeiro

Quando chegou a Lisboa, no 1501 um enviado de Veneza pedindo auxílio, para enfrentar o sultão turco que os estava atacando, correspondeu D.Manuel da melhor maneira ao pedido dos venezianos, pondo de imediato à disposição do seu rival comercial uma armada de 30 barcos e cerca de 3500 homens.

Parte dessa força naval, estava praticamente aprontada, para uma incursão ao norte de África, há muito gizada nos planos do rei e na qual pretendia empenhar-se pessoalmente, mas que afinal o recente casamento e o facto dos seus conselheiros o não recomendarem, por não haver descendência real, fizeram abortar.

No fonal do Verão de 1501, D.Maria engravidou e o herdeiro tão desejado, acabou por nascer no dia 7 de Junho de 1502 e foi-lhe dado o nome de João.

Baptizado a 16 do mesmo mês , apadrinhado pelo doge de Veneza e as madrinhas a avó D.Beatriz e a tia D.Leonor.

D.Manuel não perdeu tempo e ainda no mesmo mês de Junho, convocou cortes para Lisboa com o objectivo do novo príncipe ser jurado herdeiro do trono.

Assim aconteceu nas cortes de Lisboa de 15 de Agosto.