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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Envio de embaixada ao papa Leão X

No ano de 1514, mandou o rei D. Manuel uma enorme embaixada ao papa Leão X, com o aparente objectivo primário de reiterar formalmente a homenagem e a obediência devida ao sucessor de S. Pedro.

Na sequência da eleição do papa Leão X, aproveitando a tradicional embaixada de obediência, para fazer desfilar pela ruas de Roma o exotismo dos diferents mundos que estavam sujeitos so domínio portuguEs.

Mostrava-se assim como um paladino da fé cristã, mostrando-se à Europa como o soberano que melhor servia os desígnios de Deus, levando a mensagem de Cristo a toda a parte.

Um faustoso cortejo ao som de trombetas e tambores surpreendendo, sobretudo, pela exótica encenação a que não faltou um magnífico cavalo persa, duas onças de caça e de um elefante que fazia diversas habilidades.

O embaixador era Tristão da Cunha um prestigiado navegador vencedor de infiéis noutros lados do Mundo.

Mas, para Leão X, o mais importante da embaixada esteve, com certeza, nas riquezas oferecidas, que somavam um valor entre 300 000 a 500 000 cruzados. Tristão da Cunha – que dirigia a embaixada – teve a sua primeira audiência com o papa a 20 de Março de 1514, mas seguiram-se outros encontros que concretizaram quase todos os objectivos de D. Manuel.

Recorde-se que Leão X foi o papa que recebeu as críticas de Lutero por causa do fausto com que continuou as obras da basílica de S. Pedro, renovando o processo de venda de indulgências nos termos em que fora lançado pelo seu antecessor Júlio II.

A gravidade da situação e o luxo sustentado pela corte pontifícia foram uma das causas determinantes da grave secessão da igreja cristã, podendo adivinhar-se a importância que teriam as dádivas de D. Manuel.

Naturalmente que o rei sabia disso e tinha – como já vimos – objectivos claros para uma acção no Oriente e no Norte de África, para os quais queria o benefício da pregação da cruzada, com todas as vantagens económicas directas que daí lhe advinham, e com as motivações espirituais que facilitavam os recrutamentos e a organização das expedições.

Digamos que há um contexto europeu em que estas coisas se inserem e que é preciso ver com atenção, para que as acções dos portugueses não sejam consideradas avulsas e descoordenadas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1513



  • Janeiro-A batalha do Estreito de Malaca
No mês de Janeiro de 1513 apareceu diante de Malaca uma enorme armada comandada por Pateonuz, de Java, que pretendia tomar Malaca.

Sabendo que nesta cidade, havia menos de quatrocentos homens, entre soldados, marinheiros e mercadores,desde logo se antevia tarefa a dificil a sua defesa

A armada portuguesa decidiu fazer-se ao mar, confrontando os javaianos no mar, certos que muito embora os barcos de Pateonuz, fosse de forte construção e grande robustez. o seu ponto fraco era a ausência de artilharia, limitando-se ao lançamento de flechas antes da abordagem, ao contrário do nosso forte contingente de artilharia, espingardas e bombas incendiária que os marinheiros lançavam das vergas para dentro dos navios inimigos a fim de os incendiar.

Contudo não tinham conseguido afundar nenhum dos navios inimigos, numa primeira fase,mas o comandante da força naval Fernão Peres de Andrade no dia seguinte, voltaram a atacar a armada de Pateonuz atacando-os com o fogo da artilharia a curtíssima distância e o lançamento de panelas de pólvora. que iam afundando os juncos inimigos que depois de saqueados, eram queimados., no final só o grande junco de Pateonuz conseguiu escapar.

(Créditos :A marinha)
  • Setembro,1-Expedição a Azamor

Azamor era uma praça no norte de África dependente do reino de Fez, perto de Mazargão em Marrocos.
Embora gozando de grande autonomia,já prestava vassalagem a D. João II desde 1486, porém desavenças geradas pelo governador da praça, que se recusava a pagar o tributo inerente a essa mesma vassalagem, ocasionaram o envio duma armada portuguesa saida de Lisboa a15 de Agosto de 1513 sob o comando de D.Jaime 4º Duque de Bragança,a batalha teve lugar a 28 e 29 de Agosto e a 1 de Setembro, o exército português, tomava a cidade sem resistência.

Fernão de Magalhães participou nesta expedição, após ter regressado a Lisboa nesse mesmo ano de 1513, após ter servido na Índia e em África,

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1512 (II parte)


  • Albuquerque envia embaixada a Ayuthaya(Sião)

Portugal e a Tailândia são duas nações unidas, por laços de amizade, há 497 anos. Portugal foi o primeiro país da Europa a conhecer o Reino de Ayuthaya (depois Reino do Sião).

Depois de Vasco da Gama ter descoberto o Caminho Marítimo para o Oriente, em 1498, o Rei D. Manuel I, desde logo tem nos seus planos a conquista de Malaca. A ilha é banhada pelo Mar de Andaman, ao sul da Baía de Bengala e o maior entreposto comercial de toda a Ásia, onde os reinos do extremo-Oriente e das redondezas chegavam exóticas mercadorias. Entre estas a pimenta, a canela, a pedraria, o cânhamo, o gengibre, o estanho, prata e as porcelanas da China

Depois de conquistada Malaca, Afonso de Albuquerque, observa o êxodo das populações e decide enviar a a Ayuthaya com credenciais de Embaixador António Miranda de Azevedo para informar o Rei do Sião que os mercadores poderiam, em paz, voltar a Malaca e continuar, como antes, a comercializar livremente e professar a religião muçulmana debaixo da jurisdição portuguesa. Não tardou que as gentes de Malaca voltassem.

Miranda de Azevedo ancora a sua esquadra diplomática no porto internacional de Ayuthaya.

A delegação portuguesa é conduzida, em procissão, no dorso de elefantes paramentados, pela avenida das grandes cerimónias protocolares, ao Palácio do Rei Rama Tibodi II. Os siameses apinham-se nas margens e observam, em delírio, pela primeira vez no seu Reino homens europeus de grande estatura e de longas barbas, nunca vistos em Ayuthaya.

Entre António Miranda de Azevedo e o Rei do Sião houve troca de presentes. Nestes está uma espada de ouro cravada de pedras finas, oferta de Rama Tibodi II, para o Rei Dom Manuel I.

Esta, seria depois, a única peça que Afonso de Albuquerque conseguiu salvar no naufrágio da Flor de La Mar, pouco depois no estreito de Malaca, quando a nau sobrecarregada de valores incalculáveis seguia gloriosa a caminho de Goa.

As relações entre Portugal e o Sião são encetadas pois em 1512. É oferecida uma grande área de terreno, destinada aos portugueses, para nela se estabelecerem, construírem casas, igrejas, os missionários do Padroado Portugues do Oriente, sem entraves, divulgar a doutrina da Igreja Católica e comercializar. Ao lugar, ainda hoje conhecido, foi-lhe dado como nome: Ban Portuguet (Ilha dos Portugueses).

No Reino do Sião, as armas de fogo, antes da chegada dos portugueses não eram conhecidas. O sistema de defesa era obsoleto, reduzido a rudimentares paus com uma ponta de ferro na extremidade que eram usados pelos soldados siameses em terra ou no dorso de elefantes, no campo de batalha, contra ataques,

Os portugueses são homens com larga experiência no manejo das armas de fogo. Hábeis artilheiros pela experiência adquirida nas guerras do Norte de África e na defesa do território contra as várias investidas dos castelhanos.

Pouco depois, em Ayuthaya, são os soldados portugueses contratados pelo Rei do Sião para a guarda do palácio real e artilheiros estacionados em "Salas de Artilharia" junto aos templos budistas, sagrados, em fortins no porto de Pom Phet e nos locais estratégicos por onde as forças do Reino do Pegu (Birmânia) poderiam infiltrar-se.


Créditos : Varanda do Oriente de José Gomes Martins

  • Concessão do foral a Serpa
Vila simbólica para D.Manuel porque quando D.João II passou para sua posse o património da casa de Viseu que herdara, havia retirado desse espólio as vilas de Serpa e de Moura, que tomou para posse da coroa e que mais tarde por via indirecta voltaria à posse de D.Manuel.

Duas praças que se situavam nas imediações da fronteira ao contrário de outros territórios pertencentes à casa de Bragança.

Em 1512 Em 1512, D. Manuel I deu a Serpa um novo foral, mas a sua localização, próxima da fronteira espanhola,viria a acarretar graves problemas para o desenvolvimento deste concelho.

Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase completamente destruída, nomeadamente a sua fortaleza.

domingo, 21 de março de 2010

Acontecimentos no ano de 1512

  • Chegada de António Abreu as ilhas de Banda, Ambão e Seram.

Após a conquista das Molucas ficando Afonso de Albuquerque a saber da da localização das chamadas "ilhas das especiarias", ordenou em Novembro, de 1511 a partida dos primeiros navios portugueses para o sudeste asiático, comandado pelo seu homens de confiança António de Abreu e por Francisco Serrão, guiados por pilotos malaios, via Java, chegaram as Pequenas Ilhas de Sunda e da ilha de Ambão e depois até às Ilhas Banda, onde chegaram no início de 1512

Estes são os primeiros europeus a chegar a essas ilhas. A nau de Serrão encalhou próximo a Ceram e o sultão de Ternate, Abu Lais, entrevendo uma oportunidade de aliar-se com uma poderosa nação estrangeira, trouxe os tripulantes para Ternate.

A partir de então os portugueses foram autorizados a erguer uma fortificação-feitoria na ilha, na passagem para o oceano Pacífico: o Forte de São João Baptista de Ternate.
  • Naufrágio da Frol do mar
Na noite de 20 de Novembro de 1512, navegando no regresso de Malaca em direcção a Goa com o valioso espólio da conquista de Malaca, uma tempestade fez naufragar a velha nau Frol de la mar onde seguia Afonso de Albuquerque.

O naufrágio fez numerosas vítimas, Afonso de Albuquerque salvou-se em condições difíceis "apenas com a roupa que trazia", com auxílio de uma jangada improvisada. Perdeu-se o valioso saque da conquista de Malaca, presentes do rei do Sião para o rei de Portugal e toda a sua fortuna.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A conquista de Malaca



  • Insucesso de Diogo Lopes de Sequeira em Malaca

Quando Diogo Lopes de Sequeira chegou a Malaca, foi bem recebidos pela "mais nobre gente da cidade",conforme relata João de Barros no segundo capítulo das "Décadas" que lhe é dedicado

Os portugueses explicaram ao rei de Malaca, Mahammed, serem portadores de uma carta de D. Manuel escrita em arábico que constituía um "nó de paz, e amizade, que nenhum tempo teria poder de desatar".

Contudo uma campanha de intrigas conduzidas pelo governador da cidade, de nome Bendará, junto do próprio rei por forma a satisfazer os interesses dos "moradores mouros ali residentes, em cujas mãos andava o comércio desta cidade para a Índia", veio a redundar numa armadilha por parte dos mouros e rodeados por "grande número de velas", acabando Diogo Lopes de Sequeira por abandonar rapidamente a costa com três dos navios, deixando para trás dois navios incendiados, várias baixas e dezanove prisioneiros


  • Afonso de Albuquerque conquista Malaca
Depois de nomeado governador Afonso de Albuquerque não se esqueceu dos seus objectivos e de imediato começou os preparativos para conquista de Malaca e libertação dos prisioneiros que Diogo Lopes de Sequeira, lá deixara. Assim se fez de vela a 7 de Abril de 1511 comandando uma armada composta por um total de dezoito navios.

A 1 de Julho de 1511 Albuquerque fundeia diante de Malaca, vindo a saber que muitos negociantes tinham abalado com medo do castigo que os portugueses iriam dar a Mahammed por causa das ofensas feitas a Diogo Lopes de Sequeira.

Contudo, o governador tenta levar tudo a bem, pois que não ignora que dentro de Malaca havia muitos cativos portugueses do tempo de Sequeira, e assim espera durante dois dias

Em 24 de Agosto de 1511 em nome do rei de Portugal, Afonso de Albuquerque conquistou Malaca, que era ao tempo o centro do comércio asiático.

Após renhidos combates, o sultão fugiu com a sua família e a sua corte, aguardando que os vencedores, como era tradição na Ásia do Sueste, saqueassem a cidade e regressassem ao seu país de origem. Foi com amarga surpresa que verificou que os intrusos, que inicialmente haviam sido tomados por “gente branca do Bengala” mas que começavam a ser conhecidos como “francos” ou “frangues”, não só não partiram como ergueram uma torre de pedra, sinal inequívoco de que tinham vindo para ficar.

(cf.Paulo Jorge de Sousa Pinto. “Malaca: Uma encruzilhada de rotas e culturas” In Os Espaços de um Império – Estudos. Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1999.

O momento era de retumbante vitória para os portugueses. A tomada de Malaca, inimaginável até há tão pouco, abria agora o caminho para o Extremo Oriente. O Sião, a Cochinchina, o Tonquim e as costas da China, mas sobretudo o Arquipélago Oriental estavam ao alcance dos navios portugueses, pelo que se procedeu ao rápido reconhecimento e avaliação de várias regiões.

Dos mil e duzentos homens que tomaram Malaca, quatro dezenas seguiram à letra as indicações do vice-rei, largaram as armas e assentaram arrais na cidade, a meio caminho entre a Índia e a costa sudoeste da China.

São estes quarenta que estão na génese da quase mítica identidade portuguesa que continua hoje a ser reclamada pelos dois mil residentes do kampung portugais.

O encorajar os casamentos mistos dos portugueses com a população local, levou ao nascimento de uma comunidade cristã – que se identificou e ainda identifica como “Kristang” – e ao aparecimento de uma linguagem crioula conhecida por “Papia Kristang” que é basicamente uma mistura de português arcaico com gramática malaia. Ainda hoje persiste quer esta comunidade que se orgulha da sua cultura (na linguagem, religião, música, festas populares e rituais de casamento e de noivado)
(cf (Indis)pensáveis Ana Afonso)


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1510



  • Março,01-Morte de D.Francisco de Almeida
Após ter sido substituído no cargo de vice-rei da Índia por Afonso de Albuquerque, D.Francisco de Almeida, regressou a Portugal em 1510, vindo a morrer numa escaramuça com indígenas perto do Cabo da Boa Esperança.

Contam as crónicas que «depois de entregar o governo, partiu de Cochim para Cananor em 19 de Novembro de 1509; velejou no primeiro dia de Dezembro e foi ter à aguada de Saldanha junto do Cabo da Boa Esperança, onde o mataram os negros naturais da terra a que chamam cafres.

Tendo tirado o barbote, lhe deram com um zaguncho de ferro na garganta que lha atravessou de parte a parte - de dor, caiu de joelhos no chão com as mãos na haste para a arrancar, mas sentindo que se afogava, as levantou para o céu e sem poder dar outro sinal de católico cristão caiu morto, junto do qual mataram os cafres Diogo Pires, que fora aio de seu filho.


  • A conquista de Goa
A praça de Goa não estava nos planos inicialmente estabelecidos pela coroa portuguesa, que passava prioritariamente pela conquista de Ormuz, Aden e Malaca, contudo Afonso de Albuquerque viria a atacar Goa, a convite de um hindu de Goa, que fora almirante da frota Honavar que tinha recebido apelos da população hindu de Goa no sentido de ajudar a liberta-os do domínio muçulmano. Albuquerque viria então a aperceber-se que Goa era um porto comercial grande e próspera.

Fracassada uma primeira tentativa em 17 de Fevereiro,Albuquerque voltaria alguns meses depois, em 25 de Novembro, com um reforço da frota, composta por 34 navios mais uma vez contando com ajudas de forças hindus capturou Goa em menos de um dia,

Albuquerque havia capturado Goa sem ordens reais, e foi por isso contestado por seus capitães e pelo próprio rei que não aprovara o estabelecimento em Goa. mas o conselho da nobreza viria a confirmar essa conquista para o desagrado do rei.

A realidade viria contudo a dar razão quer a Albuquerque quer ao conselho, porque Goa entre outras riquezas era o centro de um dos principais postos de venda de cavalos árabes e persas, que contribuiu para vir a ser a capital do estado da Índia e igualmente, como centro coordenador da acção da Igreja Católica valendo-lhe o epíteto de Roma do Oriente.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1505

  • Peste de origem tifóide assola Portugal

Grande epidemia de febre tifóide, fez numerosas vítimas em Lisboa e alastrará à província a partir de 1507. Ao que parece a origem da mesma foi na Itália.

Uma história curiosa relacionada com este peste, está na origem da Festa da Fogaceiras que ainda hoje se celebra.

Preocupados com todas as mortes provocadas pela peste, a que chamaram uma «epidemia brava e cruel», os condes do Castelo e da Feira apelaram ao Mártir S. Sebastião que os ajudasse. Fizeram a promessa de que todos os anos iriam realizar uma festa em seu louvor, em que o «voto» seria a fogaça – um bolo cuja forma lembra as ameias da torre de um castelo.

Assim, desde então, a cada 20 de Janeiro, salvo muito raras excepções, a promessa tem sido cumprida. E já lá vão cinco séculos! No cortejo da procissão, as fogaceiras – meninas vestidas de branco – levam sobre as cabeças as «fogaças do voto» até à igreja matriz, para serem benzidas e depois entregues às autoridades política e militar, que têm jurisdição sobre o Município de Santa Maria da Feira. Os populares juntam-se e as fogaças são vendidas em leilão.

  • Julho,22-Regresso triunfal de Pacheco Pereira a Lisboa
Como já referira atrás a armada que Afonso de Albuquerque comandava e que saíu de Lisboa em 1503 integrava uma nau chamada Espírito Santo comanda por Duarte Pacheco Pereira, mas que permaneceu em Cochim em apoio a Cochim, com quem mantínhamos relações comerciais e que sofria o assédio do Samorim de Calecute. O apoio valoroso de Pacheco Pereira os 150 homens que conpunham a sua guarnição foi de tal modo valoroso que não queriam que ele regressasse a Portugal.

Tal não aconteceu e o navio de Duarte Pacheco Pereira acabou por regressar a Portugal, acompanhando a esqudra de Lopo Soares de Albergaria, chegando com verdaira aura de herói nacional e em todo o lado, os seus feitos da Índia foram divulgados. Um relato dos mesmos foi enviado ao Papa e a outros reis da cristandade.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Acontecimento no ano de 1509

  • Fevereiro,3-Vitória naval de D.Francisco de Almeida ao largo de Diu
Como disse quando falei da batalha de Chaul, quando D.Lourenço de Almeida perdeu a vida e os portugueses essa batalha naval contra os Rumes, as respectivas armadas recolheram as inimigas a Diu e o que restava das portuguesas a Cochim.

O vice-rei D.Francisco de Almeida, só pensava na forma de vingar a morte do filho e reunida e recompostas as forças portuguesas logo a 12 de Dezembro de 1508, rumara a Diu ao encontro das força inimigas de Mir Hocem. As forças que reuniram eram compostas por 19 embarcações e bons capitães,entre os quais se encontrava João da Nova.

Na viagem para Diu, aportaram a Dabul, que foi destruída e ferozmente dizimadas as forças inimigas, que ousaram permanecer. A mesquita foi transformada em Igreja e ali passaram a noite, antes de rumarem a Diu.

O senhor da cidade Melique Vaz, segundo consta não queria muito prestar auxilio ao comandante Mir Hocem, temendo por certo retaliações do vice-rei português, caso saísse vencedor. Contudo as forças do Samorim de Calecute, bem artilhadas tinham reforçado a armada de Mir Hocem, esperavam o anunciado ataque das forças portuguesas.

A dura batalha correu de feição ao portugueses e da armada inimiga sobraram 4 naus e 2 galés, mandadas poupar pelo vice-rei e as bandeiras inimigas, que foram enviadas para o templo de Tomar.

Os habitantes da cidade ficaram em pânico temendo o saque da cidade, mas Francisco de Almeida, mandou dizer pelos enviados de Melique Yaz, que estava ali para tirar vingança e a única coisa que pretendia mais, era que lhe entregassem os prisioneiro portugueses cativos
da batalha de Chaul.

Estabelecida amizade com Diu e depois do regresso prestigiado a Chaul, que passou a ser tributára da coroa portuguesa, ficou provada a força das armas portuguesas, provando-se que naquela parte do Mundo, havia que contar com a presença portuguesa.

  • Abril,23-Nascimento do infante D.Afonso
.D. Afonso nasceu em Évora, a 23 de Abril de 1509, vindo a falecer em Lisboa, a 21 de Abril de 1540,foi sepultado na sé de Lisboa e mais tarde trasladado para os Jerónimos.

Com apenas três anos de idade, em 1512, o seu pai D. Manuel tentou fazê-lo cardeal; contudo, o Papa Júlio II negou-lhe a pretensão, por não ser conforme às leis canónicas, segundo as quais só podia ser eleito cardeal homem com não menos de 30 anos de idade. Conseguiu, no entanto, que o Papa designasse o jovem infante como protonotário apostólico no reino de Portugal
.
D. Manuel conseguiu também elevá-lo a bispo da Guarda, com apenas sete anos de idade, em 9 de Setembro de 1516; obteve dispensa papal para o exercício do cargo por não ter atingido ainda a idade canónica para a prelatura. Embora não desempenhasse qualquer acção pastoral, recebia as rendas do respectivo bispado.


Em 6 de Julho de 1525, contando apenas dezasseis anos, recebeu enfim, em Almeirim, o barrete cardinalício, e dez anos mais tarde, a 6 de Julho de 1535, o pálio, fazendo-se enfim sagrar arcebispo de Lisboa.


  • Dezembro-Afonso de Albuquerque substitui D.Francisco de Almeida como vice-rei da Índia
No regresso a Cochim haveria de encontrar Afonso de Albuquerque, pois o mandato de 3 anos de Francisco de Almeida, já havia terminado., mas só com a chegada da ordem de susbstituição expressas do rei D.Manuel, trazidas por D.Fernando Coutinho, marechal de Portugal, foi acatada por Francisco de Almeida.

Amargurado Francisco de Almeida regressa ao reino e viria a morrer junto ao cabo da Boa Esperança, quando num desembarque para abastecimento de água, foram atacados por nativos, vindo o vice-rei cessante a ser atingido.