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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Acontecimentos no ano de 1510



  • Março,01-Morte de D.Francisco de Almeida
Após ter sido substituído no cargo de vice-rei da Índia por Afonso de Albuquerque, D.Francisco de Almeida, regressou a Portugal em 1510, vindo a morrer numa escaramuça com indígenas perto do Cabo da Boa Esperança.

Contam as crónicas que «depois de entregar o governo, partiu de Cochim para Cananor em 19 de Novembro de 1509; velejou no primeiro dia de Dezembro e foi ter à aguada de Saldanha junto do Cabo da Boa Esperança, onde o mataram os negros naturais da terra a que chamam cafres.

Tendo tirado o barbote, lhe deram com um zaguncho de ferro na garganta que lha atravessou de parte a parte - de dor, caiu de joelhos no chão com as mãos na haste para a arrancar, mas sentindo que se afogava, as levantou para o céu e sem poder dar outro sinal de católico cristão caiu morto, junto do qual mataram os cafres Diogo Pires, que fora aio de seu filho.


  • A conquista de Goa
A praça de Goa não estava nos planos inicialmente estabelecidos pela coroa portuguesa, que passava prioritariamente pela conquista de Ormuz, Aden e Malaca, contudo Afonso de Albuquerque viria a atacar Goa, a convite de um hindu de Goa, que fora almirante da frota Honavar que tinha recebido apelos da população hindu de Goa no sentido de ajudar a liberta-os do domínio muçulmano. Albuquerque viria então a aperceber-se que Goa era um porto comercial grande e próspera.

Fracassada uma primeira tentativa em 17 de Fevereiro,Albuquerque voltaria alguns meses depois, em 25 de Novembro, com um reforço da frota, composta por 34 navios mais uma vez contando com ajudas de forças hindus capturou Goa em menos de um dia,

Albuquerque havia capturado Goa sem ordens reais, e foi por isso contestado por seus capitães e pelo próprio rei que não aprovara o estabelecimento em Goa. mas o conselho da nobreza viria a confirmar essa conquista para o desagrado do rei.

A realidade viria contudo a dar razão quer a Albuquerque quer ao conselho, porque Goa entre outras riquezas era o centro de um dos principais postos de venda de cavalos árabes e persas, que contribuiu para vir a ser a capital do estado da Índia e igualmente, como centro coordenador da acção da Igreja Católica valendo-lhe o epíteto de Roma do Oriente.