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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1513



  • Janeiro-A batalha do Estreito de Malaca
No mês de Janeiro de 1513 apareceu diante de Malaca uma enorme armada comandada por Pateonuz, de Java, que pretendia tomar Malaca.

Sabendo que nesta cidade, havia menos de quatrocentos homens, entre soldados, marinheiros e mercadores,desde logo se antevia tarefa a dificil a sua defesa

A armada portuguesa decidiu fazer-se ao mar, confrontando os javaianos no mar, certos que muito embora os barcos de Pateonuz, fosse de forte construção e grande robustez. o seu ponto fraco era a ausência de artilharia, limitando-se ao lançamento de flechas antes da abordagem, ao contrário do nosso forte contingente de artilharia, espingardas e bombas incendiária que os marinheiros lançavam das vergas para dentro dos navios inimigos a fim de os incendiar.

Contudo não tinham conseguido afundar nenhum dos navios inimigos, numa primeira fase,mas o comandante da força naval Fernão Peres de Andrade no dia seguinte, voltaram a atacar a armada de Pateonuz atacando-os com o fogo da artilharia a curtíssima distância e o lançamento de panelas de pólvora. que iam afundando os juncos inimigos que depois de saqueados, eram queimados., no final só o grande junco de Pateonuz conseguiu escapar.

(Créditos :A marinha)
  • Setembro,1-Expedição a Azamor

Azamor era uma praça no norte de África dependente do reino de Fez, perto de Mazargão em Marrocos.
Embora gozando de grande autonomia,já prestava vassalagem a D. João II desde 1486, porém desavenças geradas pelo governador da praça, que se recusava a pagar o tributo inerente a essa mesma vassalagem, ocasionaram o envio duma armada portuguesa saida de Lisboa a15 de Agosto de 1513 sob o comando de D.Jaime 4º Duque de Bragança,a batalha teve lugar a 28 e 29 de Agosto e a 1 de Setembro, o exército português, tomava a cidade sem resistência.

Fernão de Magalhães participou nesta expedição, após ter regressado a Lisboa nesse mesmo ano de 1513, após ter servido na Índia e em África,

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Acontecimentos no ano de 1512 (II parte)


  • Albuquerque envia embaixada a Ayuthaya(Sião)

Portugal e a Tailândia são duas nações unidas, por laços de amizade, há 497 anos. Portugal foi o primeiro país da Europa a conhecer o Reino de Ayuthaya (depois Reino do Sião).

Depois de Vasco da Gama ter descoberto o Caminho Marítimo para o Oriente, em 1498, o Rei D. Manuel I, desde logo tem nos seus planos a conquista de Malaca. A ilha é banhada pelo Mar de Andaman, ao sul da Baía de Bengala e o maior entreposto comercial de toda a Ásia, onde os reinos do extremo-Oriente e das redondezas chegavam exóticas mercadorias. Entre estas a pimenta, a canela, a pedraria, o cânhamo, o gengibre, o estanho, prata e as porcelanas da China

Depois de conquistada Malaca, Afonso de Albuquerque, observa o êxodo das populações e decide enviar a a Ayuthaya com credenciais de Embaixador António Miranda de Azevedo para informar o Rei do Sião que os mercadores poderiam, em paz, voltar a Malaca e continuar, como antes, a comercializar livremente e professar a religião muçulmana debaixo da jurisdição portuguesa. Não tardou que as gentes de Malaca voltassem.

Miranda de Azevedo ancora a sua esquadra diplomática no porto internacional de Ayuthaya.

A delegação portuguesa é conduzida, em procissão, no dorso de elefantes paramentados, pela avenida das grandes cerimónias protocolares, ao Palácio do Rei Rama Tibodi II. Os siameses apinham-se nas margens e observam, em delírio, pela primeira vez no seu Reino homens europeus de grande estatura e de longas barbas, nunca vistos em Ayuthaya.

Entre António Miranda de Azevedo e o Rei do Sião houve troca de presentes. Nestes está uma espada de ouro cravada de pedras finas, oferta de Rama Tibodi II, para o Rei Dom Manuel I.

Esta, seria depois, a única peça que Afonso de Albuquerque conseguiu salvar no naufrágio da Flor de La Mar, pouco depois no estreito de Malaca, quando a nau sobrecarregada de valores incalculáveis seguia gloriosa a caminho de Goa.

As relações entre Portugal e o Sião são encetadas pois em 1512. É oferecida uma grande área de terreno, destinada aos portugueses, para nela se estabelecerem, construírem casas, igrejas, os missionários do Padroado Portugues do Oriente, sem entraves, divulgar a doutrina da Igreja Católica e comercializar. Ao lugar, ainda hoje conhecido, foi-lhe dado como nome: Ban Portuguet (Ilha dos Portugueses).

No Reino do Sião, as armas de fogo, antes da chegada dos portugueses não eram conhecidas. O sistema de defesa era obsoleto, reduzido a rudimentares paus com uma ponta de ferro na extremidade que eram usados pelos soldados siameses em terra ou no dorso de elefantes, no campo de batalha, contra ataques,

Os portugueses são homens com larga experiência no manejo das armas de fogo. Hábeis artilheiros pela experiência adquirida nas guerras do Norte de África e na defesa do território contra as várias investidas dos castelhanos.

Pouco depois, em Ayuthaya, são os soldados portugueses contratados pelo Rei do Sião para a guarda do palácio real e artilheiros estacionados em "Salas de Artilharia" junto aos templos budistas, sagrados, em fortins no porto de Pom Phet e nos locais estratégicos por onde as forças do Reino do Pegu (Birmânia) poderiam infiltrar-se.


Créditos : Varanda do Oriente de José Gomes Martins

  • Concessão do foral a Serpa
Vila simbólica para D.Manuel porque quando D.João II passou para sua posse o património da casa de Viseu que herdara, havia retirado desse espólio as vilas de Serpa e de Moura, que tomou para posse da coroa e que mais tarde por via indirecta voltaria à posse de D.Manuel.

Duas praças que se situavam nas imediações da fronteira ao contrário de outros territórios pertencentes à casa de Bragança.

Em 1512 Em 1512, D. Manuel I deu a Serpa um novo foral, mas a sua localização, próxima da fronteira espanhola,viria a acarretar graves problemas para o desenvolvimento deste concelho.

Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase completamente destruída, nomeadamente a sua fortaleza.