Começando por referir algumas palavras de Darcy Ribeiro.
É muito curioso... a sabedoria europeia, em alguns capítulos dela, a sagacidade europeia, a sagacidade dos saqueadores, os . Vejam só, em 1454, a Europa estava se expandindo ainda sobre a África, sobre a costa da África.
O Papa deu ao Rei de Portugal uma bula garantindo ao Rei de Portugal que onde o Príncipe D. Henrique, que estava viajando, que estava explorando a África, que onde o príncipe pusesse a mão, aquela terra seria do Rei, e o “Negro” em que ele tocasse seria escravo, escravo dele e de seus filhos até o fim do mundo.
Vejam só, isto é o direito à espoliação, uma bula papal, mesmíssima bula papal que é repetida para o Rei de Espanha em 1493. Um ano depois da “descoberta”, um ano depois da invasão da chegada aqui de Colombo.
O Papa, que era uma suprema autoridade legal do mundo na época, dava ao Rei de Espanha o direito que tinha dado ao Rei de Portugal, o direito de se apropriar. Esta é a lei que rege até hoje a única lei das Américas. A lei de saqueio, a lei do roubo, a lei da espoliação.
”Depoimento oral de Darcy Ribeiro no Rio de Janeiro em Setembro de 1993"
Era realmente esta a situação que através da Bula Romanus Pontifex ,o papa Nicolau V em 8 de Janeiro de 1455, havia criado ao conceder ao rei de Portugal D.Afonso V, seus sucessores e ao infante D.Henrique, as terras descobertas ou a descobrir pelos Portugueses.
Claro que esta medida, prejudicava os interesses das outras potências europeias que, também elas, ambicionavam procurar riquezas, pelas Índias, começando a França a controlar então esse tipo de actividades definidas como corso ou pirataria, para usar linguagem mais consentânea com a realidade.
Em 1503 um navio francês de grande tonelagem, o Espoir partiu com o objectivo de chegar à Índia pelo oceano, ajudado pelos portugueses Sebastião Moura e Diogo Coutinho, bons conhecedores das rotas atlânticas e Índicas.
Contudo, apanhado por uma tempestade, o navio ficou impossibilitado de avançar e os aventureiros foram ter à costa brasileira, de onde levaram várias mercadorias exóticas.
Teve sorte em não encontrar qualquer barco português, mas ao chegar, foi atacado por piratas, que lhe roubaram a mercadoria. Como era mínima a diferença entre corsários e piratas
É muito curioso... a sabedoria europeia, em alguns capítulos dela, a sagacidade europeia, a sagacidade dos saqueadores, os . Vejam só, em 1454, a Europa estava se expandindo ainda sobre a África, sobre a costa da África.
O Papa deu ao Rei de Portugal uma bula garantindo ao Rei de Portugal que onde o Príncipe D. Henrique, que estava viajando, que estava explorando a África, que onde o príncipe pusesse a mão, aquela terra seria do Rei, e o “Negro” em que ele tocasse seria escravo, escravo dele e de seus filhos até o fim do mundo.
Vejam só, isto é o direito à espoliação, uma bula papal, mesmíssima bula papal que é repetida para o Rei de Espanha em 1493. Um ano depois da “descoberta”, um ano depois da invasão da chegada aqui de Colombo.
O Papa, que era uma suprema autoridade legal do mundo na época, dava ao Rei de Espanha o direito que tinha dado ao Rei de Portugal, o direito de se apropriar. Esta é a lei que rege até hoje a única lei das Américas. A lei de saqueio, a lei do roubo, a lei da espoliação.
”Depoimento oral de Darcy Ribeiro no Rio de Janeiro em Setembro de 1993"
Era realmente esta a situação que através da Bula Romanus Pontifex ,o papa Nicolau V em 8 de Janeiro de 1455, havia criado ao conceder ao rei de Portugal D.Afonso V, seus sucessores e ao infante D.Henrique, as terras descobertas ou a descobrir pelos Portugueses.
Claro que esta medida, prejudicava os interesses das outras potências europeias que, também elas, ambicionavam procurar riquezas, pelas Índias, começando a França a controlar então esse tipo de actividades definidas como corso ou pirataria, para usar linguagem mais consentânea com a realidade.
Em 1503 um navio francês de grande tonelagem, o Espoir partiu com o objectivo de chegar à Índia pelo oceano, ajudado pelos portugueses Sebastião Moura e Diogo Coutinho, bons conhecedores das rotas atlânticas e Índicas.
Contudo, apanhado por uma tempestade, o navio ficou impossibilitado de avançar e os aventureiros foram ter à costa brasileira, de onde levaram várias mercadorias exóticas.
Teve sorte em não encontrar qualquer barco português, mas ao chegar, foi atacado por piratas, que lhe roubaram a mercadoria. Como era mínima a diferença entre corsários e piratas
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