*-A transladação do corpo de D.João II de Silves para a Batalha
Cumprindo um desejo expresso pelo seu antecessor, D.Manuel promove em Outubro de 1499 a translacação dos restos mortais de D.João II de Silves para o Mosteiro da Batalha.
D.Manuel deslocou-se com numeroso séquito até Silves, após o que retirado o corpo do túmulo e metido num ataúde, se organizou enorme cortejo, com todo o luzimento necessário, ao que fora chamado de "santo corpo" real, porque segundo as crónicas de Garcia de Rezende, o corpo se mantivera incorrupto, após 4 anos sob o solo.
A chegada do cortejo decorreu em Aljubarrota, onde o rei recebeu o corpo, acompanhado de D.Jorge e os outros herdeiras da reabilitada casa de Bragança, o que viria a conferir a este acto, um significado político, que deixava bem clara a intenção do rei, em fechar de vez as feridas do passado.
Com a cerimónia fúnebre de Outubro de 1499, ocorreram as últimas exéquias reais, neste mosteiro, porque D.Manuel já decidira que o seu corpo, devia ser sepultado no novo mosteiro de Belém, que se localizava junta a uma ermida da Ordem de Cristo.
* A chegada da Índia
Em Julho de 1499 a Bérrio comanda por Nicolau Coelho,entrou no Tejo, carregada de especiarías. Foi recebida com natural grande emoção, por toda a gente, incluindo o rei e os seus conselheiros comerciais,pois, a partir de agora, já não era só Veneza,que distribuiria especiarias pelo mercado Europeu.
Vasco da Gama só chegaria a Lisboa 1 mês depois, retido que havia estado na ilha Terceira, acompanhando os últimos dias de vida de seu irmão Paulo.
Muitas mercês e perdões de crimes praticados, foram atribuídos por D.Manuel,aos navegantes de Calecute, conforma as suas atribuições e responsabilidades.
Para Vasco da Gama, o maior quinhão além duma tença anual 300 000 reais, o direito de usar o título de dom, sendo nomeado Almirante dos mares da Índia. Foi aliás o único fidalgo português a receber um título nobiliárquico pela realização duma viagem de exploração.
Também D.Manuel ganhou qualquer coisa, pelo menos o seu título, após 25 de Agosto de 1499 passou a ser de
Rei de Portugal e dos Algarves, d aquem e d além mar em África, senhor da Guiné e da conquista, da nevegação e do comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia.
Óptimo e pomposo título sobretudo para impresionar os príncipes europeus e realçar o monopólio português.
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