Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Expedição de Diogo Lopes de Sequeira



A estratégia de D.Manuel I era bastante ambiciosa, pois para além do Próximo Oriente. ele olhava mais para diante, ou seja mais para Oriente. Claramente queria controlar toda a área que lhe cabia na sequência do Tratado de Tordesilhas.

Primeiro escreveu a Lourenço de Almeida, pedindo-lhe para que promovesse a exploração do sueste asiático, mas impaciente ainda antes de saber os resultados, enviou uma expedição comandada por Diogo Lopes de Sequeira para fazer o reconhecimento da costa de Madagáscar, então nomeada Ilha de São Lourenço, e avaliar as respectivas potencialidades comerciais, aportando depois a Índia.

Diogo Lopes também tinha por missão obter informações sobre os chineses, mostrando a atenção que D.Manuel dispensava às nações do Oriente. Como já disse o envio desta expedição revelava alguma impaciência, porque como se verá não seria a última, que ordenava, mesmo sem saber os resultados de anteriores diligências.

Diogo Lopes de Sequeira, durante esta viagem, que se prolongou por vários anos, chegou a Samatra e Pacém, onde ergueu padrões com as armas portuguesas. Em outras viagens passou por Ceuta, Arzila, Alcácer Ceguer, Diu e Goa, reparando fortalezas em diversas paragens.

Na imagem-Uma nau portuguesa segundo pintura de Roque Gameiro

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Acontecimentos no ano de 1508

  • 21 de Agosto-Carta Régia assinada por D. Manuel I elevando a vila do Funchal cidade.
Carta del Rei Nosso Senhor em que faz cidade a este Funchal 21 de Agosto de 1508 (trecho inicial)

D. Manuel por graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves daquém e dalém mar em África, senhor de Guiné e da conquista, navegação e comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.

A quantos esta nossa carta virem, fazemos saber que considerando nós, como louvores a Nosso Senhor, (a maneira como) a vila do Funchal, na nossa ilha da Madeira, tem crescido em muito grande povoação e como vivem nela muitos fidalgos, cavaleiros e pessoas honradas e de grandes fazendas, pelas quais e pelo grande tracto (do comércio) da dita Ilha, esperamos com a ajuda de Nosso Senhor, que a dita vila muito mais se enobreça e acrescente;

E havendo respeito ao muito serviço que recebemos dos moradores, e esperamos ao diante receber, e assim, por folgarmos de fazer honra e mercê aos ditos fidalgos, cavaleiros, escudeiros e povo dela, sem eles, nem outrem por eles no-lo pedirem nem nos requerer;
  • Cerco a Arzila
O rei de Fez veio cercar Arzila com mais de 1000 homens. O conde de Borba na altura governador, decide recolher-se ao castelo, abandonando a cidade.

D.Manuel, logo que soube deste ataque, mandou juntar em Tavira uma esquadra, composta por quantos navios se pudessem aparelhar, para sair em defesa de Arzila.

Diga -se contudo que esse esforço seria vão, pois se não fosse o apoio que D.Fernando o rei de Aragão, nos prestou, enviado em defesa daquela praça, tropas comandadas pelo famoso D.Pedro de Navarra, que levou muito alento às tropas portuguesas e em conjunto obrigaram o rei de Fez a abandonar a cidade de Arzila, depois de a ter incendiado.

A referida armada acabou por nem chegar a zarpar de Tavira.

Ao constatar que o cerco do rei de Fez, em 1508, revelara a vulnerabilidade das defesas da praça-forte, o monarca não perdeu tempo, mandou o arquitecto Diogo Boytac largar os trabalhos em curso no Mosteiro dos Jerónimos e partir para o Norte de África.

Ao seu dispor foram colocados todos os recursos, e a construção, imponente até pelos padrões modernos, estava dada como concluída em escassos meses.


  • Duarte Pacheco Pereira é encarregado da captura do pirata Mondragon.
Depois de regressar ao reino em 1505, Pacheco Pereira, foi recebido por D. Manuel com grandes honras, enquanto os seus feitos eram exaltados pelo povo. Terá sido depois disso que passou a dedicar-se à redacção do Esmeraldo de Situ Orbis, que lhe valeu ser considerado um dos expoentes da escola náutica portuguesa e um dos primeiros cientistas portugueses.

Foi nomeado nesta altura para capturar o corsário francês Pedro Mondragon, que aprisionara um navio português que vinha da India com carga preciosa.

D.Manuel queixou-se a Luis XII, que por certo ocupado na Liga de Cambrai, contra os venezianos, não deu a Portugal as explicações necessárias.

D.Manuel I não perdeu tempo em ordenar a Pacheco Pereira que aparelhasse seis navios e saísse em demanda do francês, que acabou por aprisionar, junto ao Cabo Finisterra, trazendo-o para Lisboa.

Ao que parece D.Manuel, aceitou como boa a palavra do corsário, que passaria a respeitar o pavilhão português, mandando-o em liberdade