Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Acontecimentos no ano de 1521


  • Morte e nascimento de filhos
No dia 15 de Abril morreu no Paço da Ribeira o primeiro dos filhos de D.Manuel com D.Leonor de Áustria de seu nome Carlos e que tinha apenas 4 meses que seria sepultado nos Jerónimos. junto de seus irmãos já falecidos D.Maria e D.António.

Dois meses depois a 8 de Junho nasce a infanta D.Maria, que seria baptizada tendo como madrinha as suas meias irmãs Isabel e Beatriz

  • Partida da infanta D.Beatriz

Várias festividades ocorreram neste ano, sobretudo as que estavam associadas ao casamento da infanta D.Beatriz com Carlos III duque de Sabóia, um pequeno estado europeu mas de grande importância estratégica e que trouxera o pagamento de elevado dote.

Na véspera da partida da nova duquesa a 8 de Agosto a corte assistiu à representação da tragicomédia de Gil Vicente , As cortes de Júpiter. No dia da partida presidida pela família real, assistiu-se à largada da nau que transportava a princesa, rodeada de enorme espectáculo com varias embarcações engalanadas e ao som de trombetas

  • Morte de D.Manuel I

No mês de Dezembro um epidemia de modorra desenvolveu-se em Lisboa, fazendo inúmeras vítimas; a qual nem o rei escapou e depois de alguns dias de luta a febre acabou por liquidar a vida de D.Manuel.

Com a infanta D.Isabel e a rainha à cabeceira pela 9 horas da noite do dia 13 de Dezembro, morre o rei D.Manuel I com 52 anos, para muitos cognominado o Venturoso.Foi rapidamente enterrado segundo Damião de Góis 5 horas depois , no mosteiro dos Jerónimos.

Uma vida cheia durante 26 anos dum ocasional reinado, 3 casamentos, deixando 9 filhos vivos, com idades entre os 6 meses e os 19 anos.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Acontecimentos do ano de 1521

  • A terceira versão das ordenações manuelinas
Quando assumiu o trono em 1495, visando corrigir e actualizar as Ordenações Afonsinas, D. Manuel já tinha em mente um novo Código e da tarefa foi incumbida Rui Boto, conselheiro régio desde 1491 e Chanceler-Mor do Reino desde 1505

A tarefa de imprimir os cinco livros das Ordenações coube a Valentim Fernandes, alemão da Morávia, mas que servia o monarca português tendo inclusive aportuguesado o seu nome.

A tarefa foi demorada, pois o primeiro livro só saiu em 1512 e o terceiro apenas em 1513.

Até hoje não se sabe se houve ou não uma edição completa de Valentim Fernandes

A esta seguiu-se outra em papel, em 1514, em que foram feitas correcções pontuais.

O trabalho foi feito por João Pedro Bonhomini de Cremona usando os aparelhos da oficina de Valentim Fernandes, tendo sido feita também uma versão em pergaminho.

Curiosamente os livros não foram impressos na ordem numérica, mas começando pelo terceiro e terminando pelo segundo. O terceiro e quarto livros ficaram prontos em 11 e 24 de Março, respectivamente, o quinto em 28 de Junho, o primeiro em 30 de Outubro e o segundo em 15 de Dezembro.

A tiragem foi inicialmente de cinco mil exemplares, mil de cada tomo. O custo de realização da obra foi considerável, da ordem dos 700 mil réis. Um alvará de Dom Manuel I, de Outubro de 1514, dá autorização à Casa da Índia a entregar a Valentim Fernandes especiarias no valor de 300 mil réis, como parte do pagamento pelos serviços prestados.

A versão definitiva foi publicada parcialmente em Sevilha e foi finalizada em Évora em 11 de Março de 1521.

Neste ano, para evitar confusões, por Carta Régia de 15 de Março, o monarca determinou que todos os possuidores de exemplares das Ordenações de 1514 os destruíssem no prazo de três meses, ao mesmo tempo que determinou aos concelhos a aquisição da nova edição.

  • Nascimento de D.Manuel filho natural do príncipe D.João
Manuel, Infante de Portugal, tido filho de Dona Isabel Moniz, moça da câmara da Rainha Dona Leonor, viúva de Dom João II, e filha de um alcaide de Lisboa apelidado O Carranca e do infante D.João-

D. Manuel, passou seus primeiros anos em Sintra no mosteiro de Penhalonga.

Seu nome foi mudado para Duarte para evitar confusão com o nome do herdeiro legítimo: assim, foi chamado Duarte de Portugal , sendo mais tarde nomeado arcebispo de Braga.

Permaneceu no mosteiro da Costa em estudos até 1542.

Em 1542 o rei o autorizou a visitá-lo na corte. Homem extremamente culto, traduziu para o latim a maior parte da Crónica de Dom Afonso Henriques de Duarte Galvão.

Recebeu do Papa Paulo III a Sé de Braga, onde entrou em 12 de Agosto de 1543.

Faleceu a 10 de Novembro deste ano, de varíola.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Acontecimentos no ano de 1520

  • Termina a Reforma dos Forais.
A reforma dos forais, realizada entre 1492 e 1520, antecede as Ordenações Manuelinas e parte do mesmo princípio destas: actualizar e adequar as leis à nova visão dos concelhos como entidades administrativas de um estado centralizado.

Os forais passaram a ser um registo actualizado de isenções e encargos locais, fixando a moeda, os pesos e medidas e as portagens. Apesar de não se garantir a autonomia municipal nem melhorar a administração local, era assim possível uma cobrança centralizada do fisco.

Com o desenvolvimento económico, a centralização do poder real e as inevitáveis alterações no direito e na justiça, o regime municipal, que vinha dos séculos anteriores, entrou em crise nos séculos XV e XVI.

Nas Ordenações Manuelinas já aparece uma nova perspectiva de concelho como uma comunidade que é base administrativa de um estado centralizado em que as leis são iguais para todos. Um exemplo dessa nova visão dos concelhos foi o lançamento, a nível concelhio, de um imposto chamado sisa, do qual ninguém estava isento.

Por outro lado, na administração concelhia vão perdendo peso político as decisões das assembleias de homens-bons para serem contrabalançadas pelas dos funcionários da administração do Estado (juízes, procuradores e vereadores).

Mas se a nível local os concelhos iam perdendo autonomia, em cortes eram eles que mais se distinguiam, com o poder de denunciar e de fazer ouvir a voz dos povos que vinham representar.

Fonte: forum portugal-tchat

  • Morte de Pedro Álvares Cabral
Em 1518, ou talvez antes,Pedro Álvares Cabral, foi elevado de fidalgo a cavaleiro no Conselho do Rei, tendo direito a um subsídio mensal, que se somava à pensão anual que lhe fora concedida em 1497.

Cabral morreu de causas não especificadas, provavelmente em 1520, e foi enterrado no interior da Capela de São João Evangelista na Igreja do Antigo Convento da Graça de Santarém.

  • Reorganizada a armada de defesa do reino

A denominada Armada das Ilhas era uma das diversas armadas da Marinha Portuguesa, anualmente enviada pela Coroa com a missão de escoltar as naus da Carreira da Índia, cujo ponto de reunião no Atlântico Norte era a baía de Angra do Heroísmo.

O sistema de defesa naval português compreendia diversas armadas com missões e raios específicos de acção. Além daquelas que operavam no Ultramar Português, existiram três grandes armadas em operação no Atlântico Norte:
a Armada da Costa;
a Armada das Ilhas; e
a Armada do estreito de Gibraltar.

A segunda, como o nome indica, operava no arquipélago dos Açores, com o objectivo de defender a navegação que por ali passava quando do seu regresso a Portugal e até mesmo a Espanha.

Desse modo, embora o seu objectivo primário fosse a defesa das naus da Índia, protegia também a variedade de embarcações que regressavam de África, do Brasil e das Índias Ocidentais.

A Armada das Ilhas foi criada, quando se fez publicar o "Regimento para as naus da Índia nos Açores". Essa publicação ocorreu com a do cargo de Juiz das Alfândegas (ou "Juízes do Mar"), ambas em 1520.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Acontecimentos no ano de 1519

  • D.Manuel recebe o Tosão de Ouro
Em Março de 1518, Carlos de Castela reuniu em Barcelona o capítulo da Ordem do Tosão de Ouro, nomeando o seu cunhado D.Manuel como um dos membros dessa Ordem, que o apoiaria mais tarde naturalmente, quando em Junho se deu a sucessão do seu avô Maximiliano tornando-se Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico

  • Viagem de Fernão de Magalhães ao serviço de Carlos V de Espanha.
Providos de uma tripulação de 265 homens, os navios, com Fernando de Magalhães por capitão-mor, zarpam de San Lúcar de Barremeda a 20 de Setembro de 1519. Desejava Fernão Magalhães circum-navegar o Globo? Ou prendia simplesmente tocar as ilhas Molucas e regressar? Ao certo não sabemos. O que interessa realmente aqui sublinhar é que um tal projecto continha inúmeros riscos e suscitava desconfianças e incertezas. Com efeito, o que Fernão de Magalhães se propunha efectuar – mostrar que as ilhas Molucas se encontravam fora do hemisfério português – era um enorme desafio técnico e humano. Para mais quando até ao momento fora impossível delimitar de forma rigorosa as zonas de influência, espanhola e portuguesa, definidas em Tordesilhas.

Fonte ; Navegações portuguesas

Fernão de Magalhães oferecera-se ao rei castelhano para demandar as ilhas das especiarias pela via do Ocidente, Carlos V nunca se interessara pelo seu império ultramarino, que lhe fora oferecido pelos seus conquistadores, mas a visão da canela que Magalhães lhe apresentara fora da demarcação portuguesa firmada em Tordesilhas era diferente, daí o seu apoio

quarta-feira, 14 de março de 2012

Início da construção da Fortaleza de Colombo

A Fortaleza de Colombo foi uma fortificação portuguesa localizada na Ilha de Ceilão, actualSri Lanka. Os portugueses chegaram à Ilha de Ceilão (a Taprobana para os gregos, actualSri Lanka) em 1506.

Colombo é a cidade mais importante do Reino de Cota, conquistada por Lopo Soares de Albergaria, terceiro Vice-rei da índia, que a partir de 1518, aí inicia a construção de uma Fortaleza.

Seguir-se-ão as praças de Manar, esta objecto de cuidado do Arquitecto-mor Giovanni Baptista Cairato, Gale e Jafanapatão. Na Ilha em frente a esta última cidade situava-se o Forte do Cais dos Elefantes, que António Bocarro considerava do tamanho do de Manar, com dois baluartes e uma couraça.

Na Ilha de Ceilão foram ainda levantados o Fortaleza de Nebungo, o Forte de Batecalou, o Forte de Caliture, e o Forte de Triquinimale.

Fonte:Fortalezas.org

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1507

  • Nascimento do infante D.Fernando
No dia 5 de Junho nasceu em Abrantes no dia 5 de Junho, 5º filho de D.Manuel com a sua 2º mulher D.Maria de Aragão e Castela.

Mais tarde feiro Duque da Guarda e senhor de Trancoso de várias outras localidades

  • Leis para integração dos cristão-novos

Em sequência do massacre dos cristãos-novos em Lisboa em 1506 é criada a lei de 1
de Março de 1507 que punha fim a esta discriminação, abolindo a interdição de não poderem
vender os seus bens livremente e viajarem para o estrangeiro.

Para melhorar a integração dos cristãos-novos na comunidade cristã, no ano 1507,
o soberano declarou a igualdade de direitos e deveres entre eles. Mas esta realidade causou infelizmente um desequilíbrio da economia que era evidentemente vantajoso para os cristãos-novos, sobretudo, no que toca a expansão portuguesa mas também no que diz respeito ao comércio e serviços.

Os cristãos-velhos não estavam contentes com esta situação e sentiam ressentimentos
contra os conversos, considerando-os agiotas e oportunistas, não diferenciando cristão-novo de judeu.

Apesar de todos os esforços da Coroa em integra-los, os conversos continuavam a
casar entre si e faziam tudo para viver separados dos cristãos-velhos. Podemos aqui concluir que a política de integração seguida foi um fracasso.

Paralelamente, muitos deles não conseguiram desvincular-se da sua religião e dos
seus antecessores. Deram-se por infelizes inseridos numa nova religião estranha e confusa. E quando a mais adicionamos a sua marginalização voluntária por medo dos cristãos-velhos e
dos contínuos choques, vemos a impossibilidade de integração.

  • Tristão Vaz conquista a llha de Socotorá

Em 1506, Tristão da Cunha foi nomeado comandante da frota de 10 navios de carga, sob a qual seguia também Afonso de Albuquerque, seu primo, que tinha a seu cargo uma esquadra com outros quatro navios, que operaram ao longo da costa este de África e nas Índias.

Nesta viagem Tristão da Cunha descobriu um grupo de ilhas remotas no sul do Oceano Atlântico, a 2816 km (1750 milhas) da África do Sul. Apesar do mar revolto ter impedido a aportagem, nomeou a ilha principal que permanece até hoje com o seu nome, no arquipélago de Tristão da Cunha.

Mais tarde desembarcou em Madagáscar. No estreito de Moçambique socorreu o seu amigo João da Nova e recuperou a nau Frol de la mar, juntando-os à sua armada, na Brava reduziu o poder árabe, Barawa e conquistou Socotorá com Afonso de Albuquerque, iniciando a construção de uma fortaleza.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1506

  • Nascimento de D.Luís 3ºfilho

D. Luís de Portugal nasceu em Abrantes no dia 3 de Março e foi 5.º Duque de Beja, 9º Condestável de Portugal e Prior da Ordem Militar de S. João de Jerusalém, com sede portuguesa no Crato.

Afirmou ter casado em segredo em Évora com Violante Gomes, "a Pelicana" , filha de Pedro Gomes, de Évora e de sua mulher, tendo um filho, D. António, Prior do Crato, o que garante a Legitimidade de D. António, que não é socialmente aceite, e que mais tarde viria a ser aclamado rei de Portugal e lutado contra o domínio Filipino.


Do Infante D. Luís, diz-se que só faltou ser rei, dadas as suas qualidades. Esteve, durante algum tempo, noivo de Maria I de Inglaterra.


O seu nascimento em Abrantes deve-se ao facto de ter deflagrado em finais do ano anterior uma peste em Lisboa, que levou a família real a deslocar-se para Abrantes. Pensa-se que essa peste tenha sido trazida por uma das naus em que vinha a embaixada enviada a Júlio II.


  • Construção do castelo de Mogador
O Forte de Mogador, melhor conhecido como Castelo Real de Mogador, localizava-se na cidade de Mogador, atual Essauria no litoral do Marrocos.

Esta fortificação foi erguida a partir de 1506, sob o comando de Diogo de Azambuja , com a função de controle daquele pequeno porto e de apoio às rotas ao longo da costa marroquina entre Safim, onde forças portuguesas estavam estabelecidas desde o final do sec, XV e Arzila.

A sua posição, no litoral, permitia que recebesse, com facilidade, suprimentos dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Para o efeito foi escolhida uma pequena ilha, actualmente denominada "La Petite Île", em estilo manuelino, em uso aquela época no ultramar português.

Concluída a construção, Diogo de Azambuja assumiu o seu comando.

Acontecimentos no ano de 1505

  • Autorizada a construção da fortaleza de Mazagão
Em 1505 foi autorizada a construção duma fortaleza em Marzagão um entreposto comercial para servir os navegadores que faziam a Rota do Cabo, foram nomeados os irmãos Diogo e Francisco de Arruda, que definiram os traços iniciais para o abrigo de soldados portugueses.

O projecto era construir um edifício de forma retangular (47 x 56 m) com quatro torres e
no seu subsolo 25 colunas e pilares, com volutas góticas em tijolo aparente. No piso térreo se instalaria os celeiros e os armazéns, e o andar superior seria destinado para atividades administrativas.



  • Construção da fortaleza de Santa Cruz

Fortificação erguida a partir de 1505 pelo comerciante português Diogo Lopes de Sequeira para fazer face às investidas de castelhanos sobre Agadir, foi vendida ao rei D. Manuel I em 1513.

Conquistada pelo Xerife de Suz em Março de 1541, a sua perda determinou o início do recuo estratégico português na região sul do Marrocos, que se inicia com o abandono da Fortaleza de Azamor e da Praça-forte de Safim (ambas em 1542), e culmina, após a queda da Praça-forte de Fez (1549), com o abandono da Praça-forte de Alcácer-Ceguer (1549) e da Praça-forte de Arzila (1550).