Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Morte de Afonso de Albuquerque

Albuquerque permanecia em Ormuz, concluindo a construção da fortaleza em 1515, investindo em esforços diplomáticos para o seu plano de domínio dos pontos estratégicos que permitiam o controlo marítimo e o monopólio comercial da Índia e a receber enviados, mas cada vez mais doente.

Em Novembro de 1515, decidiu voltar, mas não sobreviveu à viagem.

A carreira de Afonso de Albuquerque teve um final doloroso e ignominioso. Na corte portuguesa tinha vários inimigos que não perdiam a oportunidade de espicaçar a inveja do rei D. Manuel I contra ele, insinuando que pretendia a independência do poder na Índia.

A sua conduta, por vezes imprudente e tirânico, serviu estes fins na perfeição. No regresso de Ormuz, à entrada do porto de Goa, cruzou-se com um navio vindo da Europa que trazia a notícia da sua substituição pelo seu inimigo pessoal Lopo Soares de Albergaria, líder do grupo que se lhe opusera quando da substituição do vice-rei. O golpe foi demasiado para Afonso de Albuquerque, que morreu no mar a 16 de Dezembro de 1515.

É-lhe atribuída a frase de "Mal com el-rei por amor dos homens, mal com os homens por amor de el-rei.", que terá exclamado ao saber da notícia.

Pouco antes de morrer, em resposta a uma carta do rei admoestando-o pelos gastos e conquistas excessivas, e por não se ter dedicado ao objectivo inicial, escreveu uma carta ao rei em tom digno e afectuoso, assumindo a sua conduta e pedindo para o seu filho natural as honras e recompensas que eram justamente devidas a si próprio:

Tinha 66 anos, mas aos portugueses da época pareceu na altura que não era só ele que morria, mas o próprio estado português da Índia que morria com ele, Foi a enterrar na capela de Nossa Senhora da Guerra, mas muitos anos depois o seu corpo foi transladado para Lisboa e foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora da Graça.

Sem comentários: